Passeando pela Avenida do Optimismo

Sexta-feira é o dia que antecede ao fim-de-semana e é para muitos a desculpa perfeita para sair à noite e beber uns copos enquanto eu fico em casa de óculos postos e cabelo apanhado a ver televisão ou a ler. Mas não se preocupem com a minha vida social. Ela já morreu há muito tempo.

E se a Ironia fosse um lugar físico seria, sem dúvida, algo parecido com a Avenida do Optimismo que fica em Evere, na Bélgica. Nas minhas pesquisas "interessantes" descobri uma rua mais ou menos extensa e quase monocromática ladeada por edifícios tão iguais e sem vida que chega a ser metafórico.

Imagino que para os seus habitantes esta avenida lhes transmita uma sensação de segurança e conforto, mas até que ponto? Pergunto-me se algum deles alguma vez olhou para um dos extremos que a compõem e começou a andar sem destino e sem retorno, levando consigo apenas a  vontade e esperança de alcançar o arco-íris.
E se eu passeasse pela Avenida do Optimismo quem é que eu iria encontrar?

1. A actriz Sofia Ribeiro, acompanhada por amigos e familiares, acabou de descobrir que um cancro ameaça a sua saúde e segue até à praia para gravar um vídeo inspirador que acaba por se torna viral.
2.  A apresentadora Ellen Degeneres que me acompanha num passo desenfreado, decidida e sorridente, até ao estúdio onde vai gravar o episódio no qual vai dar a conhecer ao mundo que é homossexual - You go, girl!
3. A escritora J.K Rowling - não podia faltar, não é, potterheads? - passa por cima da minha cabeça a voar numa vassoura enquanto inicia a escrita da história do jovem feiticeiro mais conhecido de todos os tempos;
4. O senador Barack Obama acena-me do outro lado da rua e grita "YES WE CAN!" e inicia uma corrida até ao palco onde vai fazer o seu discurso de vitória após ser eleito presidente. - E já agora, para não entrar no erro de contrariar esta publicação, vamos fechar os olhos e imaginar o momento em que o actual e péssimo presidente dos EUA dá lugar à linda, maravilhosa e talentosa Oprah Winfrey, está bem?
5. Por último, mas não menos importante, o sobrevivente Nick Vujicic passa no topo de uma limusina a rir-se a caminho de uma palestra onde vai falar sobre Bullying e a síndrome que o deixou sem braços e pernas.

Porque todos eles e muitos mais tiveram momentos de perda, sofrimento ou dúvida e em vez de se resignarem à sua condição utilizaram-na a seu favor e superaram. Mas esse feito não foi conseguido de um dia para o outro, por isso deixem-me aproveitar para relaxar no meu sofá. Amanhã estou de folga e por enquanto esse pensamento basta-me para ser optimista.

Até Breve!