Ora, o Natal!

Olá, amigos!

Ao longo dos meus singelos 23 anos de existência tenho vindo a aprender várias coisas e uma delas, que acho muito importante, é saber distinguir que, no Natal, as pessoas dividem-se entre aquelas super ansiosas que começam a decorar as casas no início de Novembro, aquelas mais descontraídas que esperam até sentirem o espírito natalício a acenar com um sorriso barbudo e, por último, aquelas que simplesmente não se importam ou fingem não se importar. Eu posso dizer que já fui todas e mais algumas.


A Super Ansiosa: Já fui criança e contei os dias para acompanhar as manhãs natalícias da SIC com rigor sem perder uma única jornada dos grandes camiões que circulavam de Norte a Sul cheios de presentes!

A Que Não Se Importa: Em contraste, em 2013, quando uma luz brilhante se extinguiu e não consegui reunir vontade para acender mais velas, o Natal pareceu não ter importância para mim e passei-o na cama a chorar enquanto outros publicavam fotografias das suas lindas famílias nas redes sociais.

A Que Finge Importar-se: No ano seguinte descobrimos que a minha avó estava doente. Constantes idas ao médico para fazer análises cansavam-na a ela e à minha mãe que se tornou no seu apoio. No entanto, a verdade é que nesta altura eu aproveitei-me desta tradição para incentivar a minha avó a lutar contra a doença. Entendam isto: se eu continuasse a voltar as costas aos festejos que têm como objectivo alegrar as pessoas, então a minha atitude de revolta só iria contribuir para a intoxicação da mente da minha avó e da minha mãe que já se isolavam de tudo o resto. Nesse ano fiz a típica conversa do "bem, como é que vai ser?" e decidi que iríamos ter um jantar humilde em família mesmo que esse fosse apenas constituído por três ou quatro pessoas. Foi o virar de uma página.

A Que Vê Renascer o Espírito Natalício: Em 2015 coloquei a minha melhor máscara de boa disposição e alegria sob um gorro de Natal vermelho e fatela e vi, finalmente, luz. Conseguem ver também?



Em 2016 eu e o meu namorado conversávamos quando ele me perguntou, com sonhos nos olhos, quando é eu ia celebrar o Natal com a família dele. "Nunca enquanto puder celebrar com a minha avó" foi a minha resposta, sem ofensa. E ele sabe.

Se alguém ainda tiver dúvidas acerca do significado do Natal eu explico: É uma época em que reunimos forças para não desistir das pessoas de quem gostamos. Juntamo-nos à mesa, comemos, bebemos, falamos e rimos. Rimos muito! Porque no final só restam as memórias e pequenos passos formam a grande muralha da China se olharmos para eles como um todo!

A Que Espera Pelo Momento Certo: Se depender de mim o Natal será celebrado quando tiver de ser celebrado, mas, sobretudo, todos os dias! E se tiver de desapertar os cordões à bolsa, então, porque não?

Esta é a minha mensagem.

Até Breve!


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