Mensário: Para mim, Janeiro.

Com 23 anos o mundo que vejo não é o mesmo que via quando tinha 13 anos. E, apesar de seguir uma rotina mais ou menos rigorosa e os dias começarem já a misturar-se, a verdade é que eles não se repetem a cem por cento. Há sempre algum detalhe que demarca um entre tantos.


What Happened to Sunday?

Enquanto dou preferência ao domingo (por razões óbvias), a segunda-feira também tem muito que se lhe diga. Conhecida cúmplice da rotina e do trabalho, ela apresenta-se de vestido polido e cabelo apanhado. Carrega consigo as preocupações antecipadas de uma semana inteira, mas esconde-as atrás de um batom vermelho cereja que lhe sela os lábios num traçado quase perfeito.


Vamos a Marte!

Examinando a minha mini biblioteca fico contente por verificar que tenho todo o tipo de livros. Desde clássicos da literatura e romances históricos a ficção científica e obras do fantástico - Não, não estou só a falar de Harry Potter!
Mas que é que isso diz sobre mim? Gosto de acreditar que é por ter variados interesses! E isso não se traduz só nos livros, mas também na música, nos filmes e na comida. Aliás, eu sempre fui curiosa acerca de muitas coisas. Todos os dias a caminho do trabalho eu "deslizo" até à página das notícias no meu telemóvel. Gosto de me manter informada e a par do que acontece no mundo. Hoje, contudo, foi uma notícia fora deste mundo que me chamou à atenção.

Passeando pela Avenida do Optimismo

Sexta-feira é o dia que antecede ao fim-de-semana e é para muitos a desculpa perfeita para sair à noite e beber uns copos enquanto eu fico em casa de óculos postos e cabelo apanhado a ver televisão ou a ler. Mas não se preocupem com a minha vida social. Ela já morreu há muito tempo.



A minha avó.

A meu ver ela sempre foi gordinha e com rosetas nas maçãs do rosto. Os olhos pequeninos têm a cor escura das castanhas e também os sinto quentes e reconfortantes como elas.  


Quando entro em casa a minha avó olha para mim e faz-me um sorriso travesso porque já sabe que lhe levo um cesto cheio de peripécias para contar. A maioria das quais são passadas em chamada com os meus clientes chatos, por vezes engraçados, mas quase sempre surdos.  Não sei onde ela encontra a paciência necessária para me ouvir, na verdade.
À hora da refeição pergunta-me o que é que eu quero e enquanto sonho com a bela sopa que só ela faz ou o bacalhau à Brás com uma textura quase cremosa, respondo "qualquer coisa" porque hoje em dia, depois de ficar doente, já pouco cozinha. Mas ainda que fique cansada demais para pegar na colher de pau, eu ainda tenho presente a imagem da minha avó como sendo a mais durona de todas. "Ti Maria má modos" é a alcunha pela qual é conhecida no bairro porque deu a vida ao café que geria com o meu avô e sempre que os clientes lhe perguntavam por um copo a mais sem pagar ela punha uma mão sobre o cotovelo e levantava o punho cerrado. Depois apontava para a figura de cerâmica do Zé Povinho e dizia "aqui não há fiado"!
E se lhe perguntassem por torradas o raio da torradeira estava sempre avariada à excepção de quando era para me dar um prato cheio. E por falar em prato cheio eu aprendi com ela que só um não basta. "Vá, come mais", diz ela. E eu como. Sou bem mandada e por esta altura também já tenho uma forma um pouco roliça à conta das calorias ingeridas.
Mas eu não me importo. Eu gosto.

Parabéns, avó. 74 anos é pouco.

Até Breve!

Ambição

Há uns dias calhou em conversa com uma amiga minha que não temos feitio para trabalhar. Bem, eu estou absolutamente certa de que o meu lugar não é a batalhar anos a fio pela chefia da empresa onde trabalho. Sonhos, onde andam eles? Já ambicionei tanta coisa que já perdi a conta.


Ano Novo, Velha Eu!

Olá, pessoas!

É Janeiro de 2018 e eu quero desejar-vos um feliz ano novo! Realço, contudo, que não sinto o mínimo remorso de fazer este desejo com 10 dias de atraso, pois faltando 355 dias para este ano terminar... Brace Yourselves!